PESQUISAS ENVOLVENDO SERES HUMANOS TÊM NOVAS REGRAS

Estudos científicos que envolvem seres humanos terão de cumprir novas regras. Resolução publicada esta semana pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) define, pela primeira vez, os direitos dos voluntários e abre possibilidade para recompensa financeira aos participantes. Até então, o pagamento era proibido no Brasil. A normativa estabelece ainda prazo de 60 dias para a análise ética com objetivo de acelerar o processo. Estudos estratégicos para o Sistema Único de Saúde (SUS) terão prioridade.
Sobre os direitos dos voluntários, a resolução reforça a privacidade de seus dados, o ressarcimento de gastos, como transporte e alimentação, e a possibilidade de abandonar a pesquisa no momento que desejar. Estão previstos ainda, em casos de efeitos colaterais, indenizações e assistência à saúde durante e após a pesquisa. As informações sobre a pesquisa devem ser feita de forma acessível e apropriada à cultura, idade e condição socioeconômica do participante.

Em relação à suspensão da proibição de pagamento de recompensa financeira aos voluntários, a medida abrange pesquisas de Fase 1, quando são testados medicamentos em um pequeno grupo de pessoas saudáveis, e em estudos de bioequivalência, que facilitam o registro de novos genéricos. A expectativa é incentivar este tipo de estudo.

Para acelerar a análise dos estudos, a normatização define prazo máximo de 60 dias para a avaliação ética dos projetos e de 20 dias para reanálise, caso o pesquisador tenha de fazer modificações no projeto original. Também ficou estabelecido que pesquisas clínicas estratégicas para o SUS terão prioridade. “As novas regras dão garantiras tanto aos pesquisadores quanto aos participantes voluntários. Agora, com critérios e princípios claros, teremos mais transparência, segurança e agilidade às atividades científicas deste gênero”, afirma o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha.

Segundo a presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Maria do Socorro de Souza, a resolução os princípios dos comitês de Ética em Pesquisa (CEP) e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisas (Conep) e enfatiza os direitos dos participantes de pesquisas. ”A intenção é ampliar a segurança dos participantes e acelerar o desenvolvimento de tecnologias em saúde de interesse público”, diz.

CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS – Outro avanço que a resolução traz é o estabelecimento de classificação de riscos às diferentes metodologias de pesquisas. Assim, estudos menos invasivos terão uma análise mais rápida. “Não seria justo submeter aos mesmos critérios de análise, estudos que envolvam apenas questionários a outros que o voluntário recebe medicamentos”, explica o secretário Gadelha.

As novas regras, antes da publicação, foram submetidas à consulta pública. Além disso, durante o processo de elaboração e discussão do assunto, o Conselho Nacional de Saúde (CNS) colheu sugestões da comunidade científica e de órgãos da sociedade civil. As normas para operacionalizar a resolução já estão sendo elaboradas. Foram criados ainda grupos de trabalho para debater regras complementares às determinadas pela resolução 466

GRANDES REDES DE FARMÁCIAS MOVIMENTAM R$ 8,76 BI NO 1º QUADRIMESTRE

As grandes redes do varejo farmacêutico nacional seguem sua rota de expansão. Segundo dados da FIA/USP, divulgados pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), o volume de vendas foi de R$ 8,76 bilhões no primeiro quadrimestre deste ano, 12,24% a mais do que no mesmo período de 2012.
O destaque ficou para a comercialização de não-medicamentos, que superou R$ 2,83 bilhões, contra R$ 2,43 bilhões de janeiro a abril do ano passado – um crescimento de 16,20%. A participação dessa categoria no movimento geral é de 32,3%. “Esse cenário reflete o anseio da população por uma farmácia que funcione como uma autêntica loja de saúde, com um amplo mix de produtos de conveniência e bem-estar”, analisa Sérgio Mena Barreto, presidente executivo da Abrafarma.

As vendas de genéricos também avançaram no período – R$ 1,087 bilhão, alta de 14,03%. Já a comercialização de medicamentos inseridos no programa Aqui tem Farmácia Popular registrou evolução de 15,92%, com movimento de R$ 160,08 milhões.

O número de lojas também apresentou um aumento significativo, e hoje soma 4.806 drogarias, um aumento de 9,73% na comparação entre os meses de abril em 2012 e 2013

DIFERENÇA DE PREÇOS DE MEDICAMENTOS EM FARMÁCIAS CHEGA A 155%

O recente reajuste de até 6,31% autorizado pelo Governo Federal renovou a batalha do consumidor brasileiro pela economia na compra de medicamentos. O pesquisador de preços de remédios Cliquefarma registrou um aumento de consultas de 10% em maio. As diferenças de valores entre as farmácias podem chegar até 155% para o mesmo produto.
Segundo o índice de inflação IPC-FIPE, a cesta de produtos e serviços relacionados à saúde foi uma das que mais puxaram o custo de vida para cima com variações de 1,31% e 0,94% em abril e maio, respectivamente.

“O brasileiro tem recorrido cada vez mais à tecnologia para fazer valer o poder de compra do seu salário” afirmam Ângelo Alves e Cezar Machado, diretores do site Cliquefarma. A pesquisa de preços de remédios do site atende gratuitamente a mais de 750 mil pessoas por mês e abrange 40 redes de drogarias on-line com entrega a domicílio em todo Brasil.

Na amostra abaixo foram identificadas variações de preços de 28% a 155%. No Cliquefarma (www.cliquefarma.com.br), o usuário pode ordenar o resultado de sua busca de várias formas, tais como: preço, descrição e drogaria. Para compras acima de um determinado valor que varia desde R$ 20 a R$ 100, há isenção na taxa de entrega.

Medicamento                      Preço Mínimo (R$)      Preço Máximo (R$)      Economia (%)

Losartana potássica 50 mg 30 cp - Neoquímica               3,87    9,85      155% 
Dexason 1 mg - creme 10g        4,10          10,26           150%
Xenical 120 mg - 42 cp           119,20       194,95             39%
Cicatricure Gel 30 g                  26,99          43,65            38%
Goicoechea Creme 400 g         26,89          40,50            34%
Pantogar 30 cp                         43,73          61,00            28%