PROFILAXIA AUXILIA NA QUALIDADE DE VIDA DE PORTADORES DE HEMOFILIA

Com propósito de reduzir o número de hemartroses, sangramento interno da articulação e hemorragias de uma forma geral, surgiu a profilaxia, tratamento domiciliar que consiste na aplicação do concentrado de fator de coagulação de 1 a 3 vezes por semana, implementado pelo Ministério da Saúde e disponibilizado pelo SUS.

O auxílio a pessoas portadoras de hemofilia é feito pela Federação Brasileira de Hemofilia (FBH), que orienta e auxilia os pacientes sobre como ter qualidade de vida. “A profilaxia é a única forma das pessoas com hemofilia terem suas articulações preservadas e exercerem a cidadania com independência e autonomia e serem inseridas na sociedade com as oportunidades de qualquer cidadão brasileiro”, afirma a presidente Tania Pietrobelli.

O tratamento muda a realidade dos pacientes com hemofilia, pois deixam de fazer a aplicação apenas quando há hemorragias que podem ser externas e internas e dependendo da intensidade causam sequelas ou até mesmo a morte.

O procedimento é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e padrão em países como Estados Unidos, Canadá e Dinamarca, Argentina e Venezuela. Segundo o relatório do Tribunal de Contas da União e a Federação Mundial de Hemofilia, a relação de consumo de fator de coagulação x qualidade de vida comprova que é necessário ter 3UIs de fator de coagulação per capita para o paciente obter independência funcional, por isto a Federação Brasileira de Hemofilia insiste na necessidade dos médicos prescreverem profilaxia para todos.

Segundo a vice-presidente da FBH, Mariana Freire, é inadmissível que com os avanços alcançados junto ao Ministério da Saúde (MS), metade da população com hemofilia ainda não receba o tratamento adequado ou preventivo, já que a utilização está pela metade da oferta do MS.

A hemofilia é uma disfunção crônica, genética, não contagiosa, sendo que 1/3 dos casos, ocorrem por mutação genética e 2/3 por hereditariedade. Existem dois tipos, que podem ser classificados entre leve, moderada e grave. A hemofilia A é a mais comum e representa 80% dos casos, ocorre devido a deficiência do Fator VIII (FVIII). Já a hemofilia B ocorre pela deficiência do Fator IX (FIX).
Fonte: Snif Brasil

ANVISA INCLUI 21 SUBSTÂNCIAS EM LISTA DE DROGAS PROIBIDAS

A Anvisa aprovou a inclusão de 21 substâncias na lista de drogas proibidas no País. Segundo a agência, a decisão ocorre em sintonia com a posição de agências regulatórias e polícias científicas estrangeiras sobre substâncias ilícitas.

O processo de atualização da Portaria 344/98, que define as regras para substâncias de controle especial e substâncias proibidas no Brasil, foi agilizado. Dessa vez a lista de substâncias proscritas à medida que os pedidos cheguem à Agência e não em um único processo, como acontecia até agora.

A atualização da lista partiu de solicitações da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife), ligada à Organização Mundial de Saúde (ONU), do Ministério Público Federal e da Polícia Federal. São drogas novas criadas para burlar as listas de substancias ilícitas atuais, e nenhuma serve como medicamento, explicou Dirceu Barbano, presidente da agência.
Medicamentos

A diretoria da Anvisa também aprovou a inclusão de duas substâncias em uma outra lista, que é a Lista de Produtos Controlados, também regida pela Portaria 344/98 e que trata dos medicamentos de controle especial. As substâncias são o Tapentadol e a Teriflunomida.
Essas duas substâncias ainda não existem como medicamento no país, mas caso venham a ser registradas seguirão as regras de controle especial, como ocorre com outros princípios ativos utilizados em medicamentos controlados. Desde 1999, a Anvisa realizou 37 atualizações da Portaria 344/98.

Outra mudança na lista foi o remanejamento de um medicamento da lista A3 (psicotrópicas) para a F2 (proscritos), também a pedido da JIFE. A lista de substâncias pode ser integralmente acessada no site da Anvisa.

Fonte: Snif Brasil

PESQUISADOR ITALIANO REPERCUTE NO BRASIL IMPACTO DA MEDICINA NUCLEAR NO DIAGNÓSTICO DE LINFOMAS

Neste sábado (22/2), o professor italiano e pesquisador Andrea Gallamini conduzirá uma discussão sobre aspectos referentes ao impacto da aplicabilidade do PET/CT (Tomografia por Emissão de Pósitrons) no diagnóstico dos linfomas. Na ocasião, ele apresentará o estudo Standard Therapies versus Novel Therapies in Hodgkin Lymphoma.

A palestra, que tem o apoio da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) e da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), será realizada de 9h às 12h, no Anfiteatro do Hospital Samaritano, em São Paulo. A atividade faz parte do programa “PET/CT – Novas Aplicações e Indicações Revisitadas”, organizado pela instituição.

O presidente da SBMN, Celso Darío Ramos, traçará um panorama atual da tecnologia do PET no Brasil. Segundo Ramos, um dos autores do livro PET e PET/CT em Oncologia (2011, Ed. Atheneu), o PET tem importantes e crescentes aplicações em cardiologia e neurologia, mas atualmente sua maior relevância é na oncologia. A tecnologia contribui para acelerar as decisões clínicas no tratamento e acompanhamento dos pacientes com linfomas e outros tipos de câncer.
Inclusive, na análise de uma recidiva da doença, o PET/CT tem papel fundamental no rastreamento da extensão e localização do tumor. Biópsias podem ser evitadas ou melhor direcionadas para o local de maior atividade tumoral e recidivas podem ser mais rapidamente detectadas, o que aumenta a chance de cura ou de aumento de sobrevida do paciente.

Trata-se de um método diagnóstico por imagem funcional que, ao mesmo tempo, permite ao médico obter excelente resolução anatômica dos órgãos. No caso da oncologia, um dos benefícios é o estadiamento da doença no organismo, o que ajuda no direcionamento do tratamento e, consequentemente, no alcance de melhores resultados e aumento da sobrevida. “O PET/CT funde a imagem anatômica com a funcional e temos o local exato onde o tumor está, possibilitando a escolha do melhor tratamento – quimioterapia, radioterapia ou cirurgia”, relata Ramos, que é professor e pesquisador da Unicamp.

Cooperação Internacional

Ao final do encontro será estabelecida uma proposta de cooperação internacional de pesquisa nesse campo de diagnóstico de linfomas por meio da tecnologia PET/CT.“O professor Gallamini trará para o Brasil uma proposta de estudo multicêntrico internacional, do qual ele é o investigador principal, sobre o aspecto quantitativo do PET/CT na avaliação prognóstica dos Linfomas”, afirma o coordenador da mesa, o hematologista Carlos Chiattone, diretor da ABHH e especialista do Núcleo de Oncologia do Hospital. “Um dos mais relevantes avanços no tratamento dos linfomas foi a introdução do PET-CT”, enfatiza.

PET – saúde suplementar e SUS

Em janeiro entrou em vigor Portaria que amplia a oferta de indicações para o exame PET de três para oito: hoje estão contemplados detecção de nódulo pulmonar solitário, câncer de mama metastático, câncer de cabeça e pescoço, melanoma e câncer de esôfago, além dos anteriores, que eram tumor pulmonar para células não pequenas, linfoma e câncer colorretal.
A SBMN considera a medida um avanço, tendo em vista um atraso de 10 anos para aumentar o rol de indicações do PET na oncologia nesse campo da saúde suplementar. Entretanto, salienta que ainda há indicações que ficaram de fora. “A lista não foi estendida para câncer de tireoide, colo do útero, testículo, ovário e outros, prática já comum em diversos países de todo o mundo, como Uruguai”, destaca Ramos.

Já na saúde pública, o presidente da SBMN chama a atenção para o fato de, apesar de a cobertura da saúde suplementar ter sido ampliada para oito doenças, no Sistema Único de Saúde a realidade ser outra. “A Sociedade defende que seja oferecido acesso ao PET também aos usuários da saúde pública como ferramenta no diagnóstico.” No final do ano passado, após parecer favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) para inclusão do PET/CT na tabela de procedimentos do SUS, foi realizada consulta pública sobre o assunto, com ampla participação de pacientes e profissionais que defenderam a medida.

Entretanto, até o presente momento, não houve a decisão final do Ministério da Saúde de oferecer PET/CT aos pacientes mais carentes, como ocorre nos mais diversos países, inclusive da América Latina.

Fonte: Snif Brasil