5 Práticas alimentares para melhorar o sistema imunológico



A alimentação é uma aliada do sistema imunológico, cujo funcionamento adequado depende, entre outros fatores, de uma dieta bem balanceada.

Várias evidências mostram que o excesso de açúcares e alguns tipos de gorduras, bem como o excesso de gordura corporal, podem reduzir a atividade de linfócitos e macrófagos, diminuindo as defesas do organismo.

Por outro lado, existem várias pesquisas que demonstram o potencial de alguns compostos alimentares em ativar proteínas receptoras chamadas de PPAR, que estimulam ações anti-inflamatórias, antivirais e antioxidantes. Alguns desses compostos estão em vegetais como açafrão, brócolis, espinafre, ervas como orégano, alecrim e sálvia, frutas como morango, mamão, limão, laranja e kiwi, além do alho, da amêndoa, entre outros. Outros efeitos desses compostos incluem também a homeostase lipídica e de glicose, regulando a diferenciação de adipócitos e armazenamento de ácidos graxos e inibição da resistência à insulina.

Alimentos prebioticos, como as fibras da aveia, por exemplo, e bactérias probióticas apresentam papel importante na síntese de novo, ou seja, na conversão de componentes alimentares em agonistas do PPAR, que por sua vez, estimulam sua expressão genética e sua atividade, garantindo os efeitos benéficos do PPAR.

Assim, um combinação no consumo de vegetais crus e cozidos é uma das práticas eficientes para melhorar a imunidade.

Outros componentes dos alimentos são alguns aminoácidos, as vitaminas e os oligoelementos. Praticamente todos eles estão envolvidos no sistema imunológico de forma direta ou indireta. Os principais nutrientes envolvidos diretamente são as vitaminas A, C, D, E e algumas do complexo B, como B6 e B12 e alguns elementos como Zinco, Ferro, Cobre, Selênio e Magnésio, entre outros.

Podemos destacar alguns mecanismos importantes relacionados principalmente às vitaminas C e D e os elementos zinco e selênio.

Uma das funções bem conhecidas da vitamina C, também conhecida por ácido ascórbico, é sua importância na formação da hidroxiprolina para a síntese do colágeno, etapa importante no processo de cicatrização de feridas, além de sua atuação na ativação de macrófagos e na proliferação de linfócitos T e B. A vitamina C pode ser encontrada principalmente nas frutas, como laranja, manga, morango, mamão, melão, entre outros vegetais.

Atualmente, a vitamina D tem sido chamada de pré hormônio. Além das funções tradicionalmente conhecidas no metabolismo ósseo e seus efeitos sobre a regulação, proliferação e diferenciação do tecido músculo-esquelético, no sistema imunológico a vitamina D tem inúmeras ações.

Seu receptor, o VDR, é encontrado em monócitos, células dendríticas, macrófagos, linfócitos B e T, com papel na regulação local da 1,25- (OH)2 D, pela modificação na expressão de genes que alteram a produção de citocinas e regulam a inflamação. Também atuam na atividade antimicrobiana contra patógenos, por meio do estímulo à produção de peptídeos pelas células imunológicas, como as catelicidinas e defensinas.

A principal fonte de vitamina D é o sol, por meio dos raios são os raios UV. Fontes alimentares de vitamina D são escassas e as quantidades são insuficientes para manutenção e níveis adequados. Os peixes de água fria, principalmente o salmão, os ovos e os leites fortificados são as melhores fontes.

O zinco atua em inúmeras atividades relacionadas ao sistema imune. É bem conhecido por demonstrar eficácia na prevenção ou tratamento de infecções virais. Ele também é um elemento essencial na regulação da fase inflamatória do processo de cicatrização. Seus principais mecanismos de atuação estão relacionados ao reconhecimento de patógenos, propriedades antivirais e modulação da secreção de citocinas, especialmente de interferon. As principais fontes são alimentos de origem animal como carnes, peixes, ovos e leite. Algumas sementes, como linhaça, os grãos de aveia, as leguminosas, como o feijão e as oleaginosas também contém zinco.

A atividade mais proeminente do selênio está associada a suas ações antioxidantes, especialmente como cofator da glutationa peroxidase, uma enzima com papel antioxidante no meio intra e extracelular. Sua atividade é dependente de selênio. O selênio, na forma de selenito, apresenta propriedade antiviral, pois reage no sítio ativo da proteína viral convertendo-o em inativo e impedindo a entrada do vírus no citoplasma da célula saudável. Além disso, o selênio aumenta a proliferação de células Natural Killers (NK) e apresenta efeito potencializador positivo em combinação com as vitaminas D e E para suas ações. Uma outra ação interessante é a sua capacidade de reduzir a formação de trombos nos vasos sanguíneos. A principal fonte de selênio é a castanha do Pará. Outras fontes são os ovos, peixes, carnes de boi e frango, leite e derivados, especialmente desnatados.

Devido a circunstâncias diversas, algumas pessoas não conseguem realizar uma alimentação que supre todas as suas necessidades, o que pode comprometer a imunidade normal, por redução de efetividade desses mecanismos. Condições fisiológicas, como necessidades aumentadas em função do crescimento e da senescência, bem como durante fases de gestação ou de doenças, podem necessitar de aporte suplementar. Nessas ocasiões, deve-se buscar orientação profissional para avaliar a necessidade de uso de suplementação nutricional.

Nutricionista Adriana Garófolo - CRN 10744
PhD em Nutrição pela UNIFESP
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